Quem imaginaria, anos atrás, que um pastor cometesse suicídio, especialmente um pastor pentecostal? Porque o pastor pentecostal sempre foi visto, ao lado dos sacerdotes católicos como tendo sobre sua cabeça uma auréola de glória, poder e santidade. Respeitado como homem santo, a auréola popular deixava suas fraquezas encobertas do povo. Mas, a sociedade se modernizou, a tecnologia da informação perfurou o véu de santidade e o homem santo foi visto despido de sua glória tornando-se aos olhos de todos, um homem comum.
Decorreram algumas décadas até que os membros das igrejas entendessem que o pastor é tão humano quanto os membros de sua congregação, e uma das razões para que isso demorasse a acontecer é que os pastores viviam isolados do povo como se este o contaminasse, e não participavam da vida comum do lar daquele que os pastoreava.
A nova geração de pastores, entretanto, despiu-se dessa capa de farisaísmo e passou a viver misturado ao povo mostrando suas fraquezas e qualidades, sabendo separar chamamento ministerial de vida de isolamento. Fica aqui a ressalva de que o tema é extremamente polêmico, próprio para mesas de debates, mas também um tema do qual não se pode fugir.
E, então, quando se recebe a notícia de que um pastor cometeu suicídio todos estremecem e se perguntam o que teria acontecido para que o pastor tomasse tal decisão.